A Casa da Torre ou Torre de Lanhelas, edificação acastelada na margem do rio Minho, é constituída por vários núcleos de diferentes épocas. O corpo primitivo, uma torre medieval coroada de ameias onde se inscreve a marca heráldica dos Abreu de Merufe, data dos finais do século XIV. Duas outras torres, igualmente ameadas, foram acrescentadas no século XVI. Os núcleos restantes remontam ao século XIX.
Uma casa solarenga setecentista pertencente aos Dantas Carneiro e hoje denominada Casa da Anta, situada no lugar do mesmo nome, é actualmente o corpo central de uma unidade hoteleira e de um conhecido espaço de animação cultural com larga irradiação transfronteiriça. Este imóvel e o quintal envolvente é um exemplar muito típico de austera arquitectura rural barroca do Alto Minho.
Fronteiro ao mesmo solar avulta um amplo casarão de linhas rectilíneas adossado às faldas do Outeiro d'Antas. O edifício foi mandado construir em 1742, pelo cónego Sebastião Dantas, vindo a ser remodelado no de 1944 para albergar a Casa do Povo. A sólida cantaria das escadas exteriores, a moldura da janela de canto do primeiro piso e ainda o retábulo granítico e lápide de sala vestibular, impõem-se como os elementos mais apelativos do edifício.
A Casa de Marrocos, situada no lugar do mesmo nome e igualmente marcada por traços de antiguidade, apresenta dimensões mais modestas. Mas é outro belo exemplar de arquitectura vernácula denotando ter sido construída por família abastada. É de notar que a mansão foi pertença dos ascendentes lanhelenses do Presidente da República Sidónio Pais.